Anos 60

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Auto-retrato by Mia - Mychelle Freiesleben





Uma das maiores inspirações dos estilistas brasileiros, para a próxima estação, foi a década de 60. Sendo esta também uma das minhas décadas favoritas, resolvi fazer um post contando um pouco da história dela, para também inspirar os Estilosos de plantão. Então vamos lá.
Tratava-se de tempos prósperos, que deu origem aos "babys-boons", jovens consumistas, modernos e com sede de liberdade. O rock and roll bombava nas rádios e o cinema animava a galera com seus figurinos e cenários.
Assim que os caras conheceram os blusões de couro e a camiseta branca, grandes clássicos da moda. Também adotaram os topetes e as lambretas, para compor o look "rebelde". 





Marlon Brando



Elvis Presley




E a modernidade masculina também inspirou as garotas, que começaram a abandonar as saias rodadas para usar calças cigarretes, em pró da liberdade. Era o fim da ditadura da moda e as opções começaram a aumentar. Cada vez mais as roupas tinham a ver com moda e comportamento.






Dóris Day



Marilyn Monroe






Época em que a juventude começou a ter sua própria identidade. As roupas que, até então, eram releituras das roupas dos mais velhos, passaram a também serem criadas exclusivamente para os jovens.

Pensando nisso, a inglesa Mary Quant criou vestidos que poderiam ser usados tanto de dia quanto de noite, mas com um diferencial avassalador: A bainha da saia. Assim, surgiu a mini-saia! Modesta, Mary não se dizia criadora da mini-saia, acreditava que a criação era da própria a rua.





Twiggy



Wanderléa


E assim a rua foi inspirando cada vez mais estilistas e a variedade de modelos de estampas iam variando entre psicodélico, geométrico e romântico.


Um certo dia de 1965, o francês André Courréges laçou uma coleção de linhas retas, que criava uma ilusão futurista: Mini-saias, botas brancas, cores metálicas e fluorescentes. 




Nesse mesmo ano, Yves Saint Laurent criou os famosos tubinhos. 






As mudanças foram acontecendo gradualmente. Uma das grandes novidades foi a chegada da meia calça com elastano, que proporcionou mais conforto às amantes das mini-saias e as dançarinas de twist e rock. 





Wondergirls
Em 1966, Yves Saint Laurent ousou e criou uma versão feminina do tradicional smoking masculino, sendo assim, o primeiro a vestir mulheres com o estilo andrógino.

Nessa mesma época, Saint Laurent inaugurou uma nova estrutura para butiques de prêt-à-porter de luxo. Essas se espalharam pelo mundo através de franquias e nomearam o costureiro à estilista.







Os Beatles surgiram em Londres e com eles as Chelseas girls, que tinham aparência adolescente com cabelos compridos, franja e olhos maquiados.





Jean Shrimpton



Françoise Dorléac
Aliás, a maquiagem dos olhos era uma característica, jovem, muito importante nos anos 60. Os olhos sempre estavam muito bem marcados e os lábios sempre em tons claros. A modelo Twiggy, por exemplo, além de ser lembrada pela sua magreza, também era lembradas pelos seus grandes olhos e cílios delineados. 





Twiggy
E uma nova fribra sintética, chamada kanekalon colocou em alta as perucas, de vários modelos e cores.



No final dos anos 60, a butique Biba adotou o Swinging London, que abusava de flores, romantismo e ingenuidade. Resumindo, a Laura Ashley deu entrada para o estilo hippie.







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É impossível falar da década de 60 sem citar o Pop Art, principal movimento artístico daquele tempo.
A onda era usar imagens populares em pinturas. Também era uma forma de humor e crítica ao consumismo.  
Os principais artistas eram Andy Warhol, Roy Lichetenstein e Robert Indiana. 






O Op Art também era fenômeno e estampava os tecidos daquela década. Op Art, arte que explora à óptica lembra muito um calendoscópio, pois são abstratos e dão a impressão de movimento.





Em 1968, mais que o estilo hippie, mas também o movimento que pregava paz e amor mundial, tomou conta dos jovens. Contrariando a rebeldia sem causa do início da década, a palavra era ordem, porém o estilo era largado: Cabelos compridos, roupas coloridas, misticismo oriental, música e drogas. O jeans, que antes era reservado às classes operárias e camponeses, virou moda. Nas butiques, túnicas floridas e colares indianos.






Os Mutantes


Nessa fase, vários valores eram questionados: a sexualidade, a moral, os costumes, a estética, a cultura etc. Todos tinham muita necessidade de se expressar e buscar a liberdade. 
As mulheres se encorajaram para conquistar seus direitos de igualdade no sexo, no trabalho e nas decisões. Assim, queimaram sutiãs em praça pública em protesto.








A década de 60 foi fechada com chave de ouro, com a chegada do homem à lua.




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